Rua do Alecrim, 44: uma livraria com história e estórias.
A livraria Campos Trindade, com mais de três décadas, é uma das mais antigas livrarias alfarrabistas de Lisboa. Outrora, foi também a casa da família Trindade.
Campos Trindade é uma antiga livraria alafrrabista em Lisboa. Há 37 anos a família Trindade deixou Alcobaça para se instalar no número 44 da Rua do Alecrim. Tarcísio Trindade, o pai, tornou-se num dos mais afamados livreiros da cidade. Desde a sua morte que Bernardo, seu filho, é quem dirige o negócio.
A chegada da família a Lisboa marcou o início de uma etapa difícil, mas que hoje, o ainda jovem livreiro, de 39 anos, recorda com saudade. «Dormíamos todos na loja. Contado ninguém acredita. Eu e os meus irmãos dormíamos nos corredores, os meus pais lá dentro». Apesar disso, reconhece, foram tempos de forte união e que ditaram, também, o futuro da livraria.
No número 44, o ambiente é confuso, mas é propositado. Bernardo Trindade crê que quem procura este género de livros gosta de ver confusão. Estão sempre a chegar novidades: às vezes, Bernardo, compra e vende no mesmo dia. Os clientes sabem que assim é e por isso entram ao acaso, sem o propósito de levar uma coisa certa. Há os que passam todos os dias. Segundo o livreiro, às vezes nem são os que compram mais, mas gostam de cumprimentar. Para Bernardo, a relação com as pessoas é muito importante. «Deixo-as à vontade. Como viu, o cliente entrou, não tinha dinheiro, não pagou. Levou o livro, mas eu sei que volta!». Nunca teve nenhum dissabor. Os preços, que considera justos, e um desconto aqui e ali, também ajudam ao negócio.
Quase nada mudou desde a chegada de Tarcísio Trindade e família à livraria. Ali, onde noutro tempo se faziam tertúlias, e onde marcavam presença figuras ilustres, como os poetas Alexandre O'nneil e Ruy Cinatti, fora alguns retoques e uma iluminação nova, tudo o resto se mantém na mesma. E o espírito da casa, esse, continua, garante Bernardo.
A chegada da família a Lisboa marcou o início de uma etapa difícil, mas que hoje, o ainda jovem livreiro, de 39 anos, recorda com saudade. «Dormíamos todos na loja. Contado ninguém acredita. Eu e os meus irmãos dormíamos nos corredores, os meus pais lá dentro». Apesar disso, reconhece, foram tempos de forte união e que ditaram, também, o futuro da livraria.
No número 44, o ambiente é confuso, mas é propositado. Bernardo Trindade crê que quem procura este género de livros gosta de ver confusão. Estão sempre a chegar novidades: às vezes, Bernardo, compra e vende no mesmo dia. Os clientes sabem que assim é e por isso entram ao acaso, sem o propósito de levar uma coisa certa. Há os que passam todos os dias. Segundo o livreiro, às vezes nem são os que compram mais, mas gostam de cumprimentar. Para Bernardo, a relação com as pessoas é muito importante. «Deixo-as à vontade. Como viu, o cliente entrou, não tinha dinheiro, não pagou. Levou o livro, mas eu sei que volta!». Nunca teve nenhum dissabor. Os preços, que considera justos, e um desconto aqui e ali, também ajudam ao negócio.
Quase nada mudou desde a chegada de Tarcísio Trindade e família à livraria. Ali, onde noutro tempo se faziam tertúlias, e onde marcavam presença figuras ilustres, como os poetas Alexandre O'nneil e Ruy Cinatti, fora alguns retoques e uma iluminação nova, tudo o resto se mantém na mesma. E o espírito da casa, esse, continua, garante Bernardo.