Os livros antigos de um jovem alfarrabista
À partida, o alfarrabismo parece ser coisa do passado, mas não para Bernardo Trindade. Neto e filho de alfarrabistas, poder dar continuidade ao negócio dos livros é, para o ainda jovem livreiro, de 39 anos, "uma honra".
Aos 6 anos, sentado num escadote que ainda hoje utiliza, Bernardo Trindade já vendia postais na livraria do pai. «Sentava-me lá e vendia os postais a 25 tostões». Neto e filho de alfarrabistas, desde cedo contactou com os livros.
Dos quatro irmãos, só ele se deixou cativar pelo negócio do livro antigo. Conta que a determinada altura o pai tinha um armazém de livros, que a ele, ainda pequeno, lhe parecia «um lugar sem fim». «Ficávamos ali até à meia-noite, uma da manhã, só com gambiarras, quase não se via nada. Mas eu não me importava». Aprendeu a observar o trabalho e a dedicação de um profissional apaixonado: «É bom ter ensinamentos assim, de um mestre (…) o meu pai era mestre nesta área», diz, orgulhoso. «Reconheço que muito do que sou hoje lhe devo a ele».
As viagens que fez, as casas onde esteve, os livros que conheceu e os negócios que presenciou, constituem a receita do livreiro que é hoje, ainda novo, mas já com alguma experiência. Mas não só. Muitas foram as personalidades que passaram pela livraria, entre as quais escritores e jornalistas, e com quem Bernardo foi tendo contacto também.
Licenciado em História, sente que os maiores ensinamentos lhe foram transmitidos ao longo dos muitos anos de convívio com o negócio dos livros . O dia-a-dia de Bernardo era vivido na loja, e era lá que gostava de estar e aprender. «Ia às aulas de manhã e à tarde vinha para aqui», conta.
Reconhece que ser livreiro é uma profissão exigente, mas aliciante. «Para quem tem este historial de família é uma honra». «Um livreiro tem que procurar, falar, conhecer, perguntar.» Diz que são poucos os que têm noção da importância do seu trabalho, mas ser alfarrabista implica conseguir salvar muita coisa que num momento se perderia.
Para Bernardo é gratificante poder partilhar as suas descobertas com os outros que, como ele, amam os livros. Confessa que, quando começou, lhe custava desfazer-se deles. Porém, com o tempo, torna-se mais fácil, «desde que tenhamos a satisfação de que [o livro] vá parar a alguém que o estime», afirma.
Dos quatro irmãos, só ele se deixou cativar pelo negócio do livro antigo. Conta que a determinada altura o pai tinha um armazém de livros, que a ele, ainda pequeno, lhe parecia «um lugar sem fim». «Ficávamos ali até à meia-noite, uma da manhã, só com gambiarras, quase não se via nada. Mas eu não me importava». Aprendeu a observar o trabalho e a dedicação de um profissional apaixonado: «É bom ter ensinamentos assim, de um mestre (…) o meu pai era mestre nesta área», diz, orgulhoso. «Reconheço que muito do que sou hoje lhe devo a ele».
As viagens que fez, as casas onde esteve, os livros que conheceu e os negócios que presenciou, constituem a receita do livreiro que é hoje, ainda novo, mas já com alguma experiência. Mas não só. Muitas foram as personalidades que passaram pela livraria, entre as quais escritores e jornalistas, e com quem Bernardo foi tendo contacto também.
Licenciado em História, sente que os maiores ensinamentos lhe foram transmitidos ao longo dos muitos anos de convívio com o negócio dos livros . O dia-a-dia de Bernardo era vivido na loja, e era lá que gostava de estar e aprender. «Ia às aulas de manhã e à tarde vinha para aqui», conta.
Reconhece que ser livreiro é uma profissão exigente, mas aliciante. «Para quem tem este historial de família é uma honra». «Um livreiro tem que procurar, falar, conhecer, perguntar.» Diz que são poucos os que têm noção da importância do seu trabalho, mas ser alfarrabista implica conseguir salvar muita coisa que num momento se perderia.
Para Bernardo é gratificante poder partilhar as suas descobertas com os outros que, como ele, amam os livros. Confessa que, quando começou, lhe custava desfazer-se deles. Porém, com o tempo, torna-se mais fácil, «desde que tenhamos a satisfação de que [o livro] vá parar a alguém que o estime», afirma.